4) Escolha um bom Corretor
Um bom Corretor ou empresa Corretora de Seguros, pode gerar economias não só no valor do prêmio, mas também de tempo em caso de sinistros (eventos em que o bem segurado sofre um acidente ou prejuízo e que representam a materialização do risco).
Mas, como encontrar um bom Corretor? “Um bom profissional é reconhecido desde a primeira abordagem e principalmente no dia do sinistro, quando o segurado precisa ter o suporte necessário. Ao contratar seguros na agência do banco já pode ser mais difícil ter esse atendimento especializado”, afirma Adriano Gomes, especialista em seguros e professor do Curso de Administração e MBA da ESPM.
Além de se esforçar para buscar a apólice com melhor preço, um corretor mais atencioso deve orientar o cliente à preencher corretamente o Questionário de Avaliação de Risco (Q.A.R.), cujas respostas podem gerar descontos e podem acelerar o processo de indenização, afinal um Corretor mais experiente sabe que respostas inverídicas vão trazer problemas e podem até fazer com que a Seguradora negue o pagamento do sinistro.
A contratação de um seguro é baseada no princípio da boa-fé, segundo o qual as empresas confiam que o segurado está agindo com honestidade ao passar as informações à Seguradora. A Seguradora só precifica o que o cliente menciona, mas se ela verifica algo que ele omitiu, é sinal de que ele agiu por má-fé e a indenização pode ser negada.
Além do tradicional boca a boca, pesquisar na internet, verificar a origem de e-mailMKT recebidos, o Diretor da FenSeg afirma que para chegar a um bom corretor é importante pesquisar o seu número de registro junto à Susep, que mostra se o corretor é um profissional habilitado. “O Corretor de seguros não é como o corretor de imóveis que depois de fechar o negócio sai de cena. Ele acompanha o cliente durante a vigência do seguro e até depois, por exemplo, caso haja sinistro, bem como se o cliente não estiver satisfeito com a indenização e entre com um processo contra a seguradora”, afirma.
A comparação de preços é muito comum nas compras em supermercados, de carros e outros bens, mas não tanto com os seguros. Mas, assim como em qualquer outra compra, sai na vantagem quem pesquisa. E se antes os corretores conseguiam comparar preços em apenas em quatro ou cinco empresas, hoje algumas corretoras permitem simular preços em mais de 10 Seguradoras, em poucos cliques, e de graça
A pesquisa é importante porque os valores do seguro de um mesmo modelo podem variar muito de acordo com a empresa. “Uma seguradora pode ter um resultado fantástico de sinistros para o Gol e outra nem tanto. Então a primeira pode estar com um valor mais baixo para esse modelo e a segunda mais alto”, diz O professor da ESPM, Adriano Gomes.
O professor da ESPM também recomenda que, além do preço, o cliente analise qual Cia. Seguradora contratar a partir da sua eficiência em caso de sinistro. Ele afirma que, enquanto algumas empresas iniciam o processo de indenização imediatamente, outras chegam quase a solicitar a certidão nascimento do cliente e são muito burocráticas.
“O acidente já gera um estresse violento, por isso ao comparar as empresas, a decisão não pode ser feita apenas porque a empresa ‘A’ ou ‘B’ é $100 reais mais barata, essa é uma conta burra”, diz Adriano Gomes.
5) Evite economias tolas
Uma economia de $200 reais ou menos na contratação da apólice pode gerar prejuízos de milhares de reais lá na frente. É o que pode ocorrer com segurados que se preocupam muito com a cobertura contra roubo, mas não se atentam à cobertura de Danos a Terceiros.
“O seguro serve não só para proteger seu bem, como para arcar com prejuízos causados a terceiros”, diz Adriano Gomes. Segundo ele, as coberturas a terceiros costumam ser de $50 mil reais, mas podem ser ampliadas a $500 mil reais com um custo adicional de apenas $200 reais.
O professor acrescenta que essa cobertura engloba não só eventuais danos a carros de terceiros, como indenizações por danos corporais a terceiros e danos morais. “Em um atropelamento com vítima fatal, o Juiz define a indenização observando o rendimento recente do falecido, multiplicado pelos anos de vida que ela teria pela frente. Essa indenização pode passar de 1 milhão de reais facilmente“, diz Gomes.
Muitos clientes buscam economizar no seguro justamente contratando a cobertura a terceiros mais básica, de 50 mil reais. Se o cliente bate em um Citroën C4 de $70 mil reais, a cobertura mínima paga só $50 mil reais. Era melhor pagar $200 reais a mais e ampliar a cobertura do que pagar esses $20 mil reais que o seguro não cobre.
Alerta para economias no carro reserva e na quilometragem do guincho. Para contratar o carro reserva por 15 dias, o cliente pode pagar entre $100 a $300 reais a mais, o que pode sair mais barato do que o uso de um táxi durante o período reparo do carro, que costuma ser de menos dez dias.
Se o raio de quilometragem do guincho for de 100 quilômetros e o cliente costuma usar o carro para viajar por distâncias maiores, também vale consultar os custos para ampliar o raio de cobertura do guincho, como por exemplo: Kilometragem ilimitada.
6) Também não pague pelo que você não precisa
É preciso ficar atento também para não pecar pelo excesso e pagar mais do que o necessário. As Cias. Seguradoras têm vendido seguros cada vez mais completos e com mais mimos, como conserto de eletrodomésticos, serviços de eletricista e encanador e descontos em estacionamentos e despachante. Mas é importante avaliar se esses serviços encarecem o seguro e se de fato você usará tudo isso.
Se você não dirige em estradas e tem outros carros na garagem, pagar mais pela quilometragem de guincho ou pelo carro reserva não faz sentido. Da mesma forma, se o seu cônjuge tem um seguro que cobre reparos na residência também não é preciso pagar para ter esse mimo na sua apólice também.