Chuvas e enchentes? Como não perder o seguro
Fevereiro está sendo bem intenso com as chuvas. Mas e você sabe o que fazer para não perder seu seguro, caso passe por uma enchente? Confira este artigo.
Auto 17 de setembro de 2018
Quando o assunto é venda pela internet, o Mercado de Seguros Brasileiro ainda é reticente. Muita coisa avançou, mas o caminho a ser trilhado ainda é longo. Ou seja, tem espaço a ser ocupado pelos clientes.
Esse foi um tema muito recorrente em várias palestras no XVI Congresso Nacional dos Corretores de Seguros (Conec). Em uma delas, “Ponto com”…Ponto quem? Ponto como?” Especialistas do mercado mostraram dados que apontam a tendência de compra e venda de seguro pela internet. Rafael Caetano, responsável pelos canais eletrônicos da Porto Seguro, disse que o cliente de internet “é um cliente normal” e que a cada dia cresce o número de pessoas que buscam informações sobre seguros na rede.
Ele alertou que a venda internet é uma tendência. Chamou atenção dos os Corretores presentes no Conec (realizado no Anhembi em SP), que há um grande filão a ser explorado, inclusive em mobile, já que é crescente o número de brasileiros que usam smartphone. Ele apenas alertou para os sites de comparação de preços. Segundo ele, essas ferramentas induzem o cliente a tomar decisões com base apenas na comparação de preços deixando de lado o aspecto: Proteção.
E o lado jurídico? Muitos acham que “caiu na rede é peixe”, que a internet é terra de ninguém. Não é bem assim. Foi isso que mostrou o advogado Rony Vainzof, do escritório Ópice Blum, especializado em Direito Eletrônico. Segundo ele, o Brasil é o país com mais decisões jurídicas ligadas ao comércio eletrônico no mundo. Ele alertou quanto à contratação de seguros no ambiente digital e reiterou que a internet não é um meio sem leis. “A tecnologia e o direito são usadas de forma simples. Se a invasão a domicílio era crime, a lei 12.737/2012, conhecida como lei Carolina Dieckman, surgiu para proteger o direito constitucional da privacidade no ambiente digital”, disse, ao ressaltar que:
“…manifestação da vontade de forma eletrônica é a contratação interpessoal através da internet…”
O contato humano é fundamental para concretizar a venda. As vendas podem começar online – quando o internauta preenche um formulário, muitas vezes até desistindo no meio do caminho—, mas sempre acaba fechando por telefone. O Brasileiro em geral tem duas(2) características:
1- Quase nunca coloca os seus sites mais utilizados em “Favoritos”, aí está o grande sucesso do Google;
2- Mesmo os já acostumados a comprar pela internet, existe um grupo que necessita falar ao telefone com alguém, saber informações da sua compra.
A internet é uma ida sem volta. No ambiente digital, é medida pelo fato de que 76% dos internautas navegam na web assistindo TV e 51% fazem busca após serem impactados pela televisão. Há um potencial de crescimento na venda on-line de seguros. A expectativa é de que em 2019, conforme relatório mundial da Capgemini, um terço das vendas de seguros será realizada pelo canal mobile. É preciso estar presente. Os corretores são o principal canal de geração de experiência positiva com o cliente.
Uso de telemetria para precificar Seguro de Automóvel ? Por enquanto, uma das barreiras de utilização da telemetria para efeito de precificação de seguros é o custo do aparelho. Entretanto daqui a dois ou três anos, os veículos deverão sair de fábrica com o dispositivo funcionando. “O segurado deverá decidir apenas se deseja ou não compartilhar suas informações. Se for para obter benefícios financeiros, como um desconto no seguro, certamente ele vai compartilhar.
Um Programa deste tipo não deve ser utilizado para penalizar os clientes que dirigem de forma mais agressiva. Ele será uma forma inteligente de fazer o seguro, garantindo que cada um pague somente pelo risco que representa. O uso da telemetria vai provocar uma seleção de risco positiva, pois somente aqueles que acreditam que podem conseguir o desconto vão aderir ao Programa. Além disso, as pessoas irão perceber e reconhecer a sua forma de dirigir, sendo passíveis de auto-correções. Ainda é um pouco cedo para lançar um programa que contemple estas características, porque é uma grande ruptura no mercado, mas este é o ponto em que iremos chegar: Que a pessoa pague exatamente por aquilo que ela usa.
Se imaginarmos o futuro, o seguro de automóvel vai ser infinitamente mais barato e as Cias. Seguradoras terão que aprender a viver neste novo mundo. Não é pagar mais, é pagar o preço justo, na média, o preço deve cair, porque as pessoas dirigem bem.
Muitas pesquisas foram feitas com Corretoras de Seguros que apontam para um programa como esse. Os profissionais não estão olhando pela ótica de que pode diminuir prêmio ou ganho, mas por aquela de como pode ampliar o mercado e como um produto pode ser mais justo. Existe um certo receio, acenam com possibilidade de ampliação do mercado, através do aumento da quantidade de itens segurados.
A projeção das Cias. Seguradoras, é que milhares de clientes passem a aderir a telemetria. Qualquer cliente poderá aderir, a partir do início de 2016.
Este não é só um programa. É um jeito de pensar o futuro. Todos os dados disponíveis na telemetria abrem um universo de novas possibilidades. Agora, resta às Cias. Seguradoras trabalharem com as novidades que vêm por aí, como o carro sem motorista. Neste caso, não será mais precificado pelo carro, mas pelo uso. O seguro será da pessoa que está utilizando o carro. Estudos mostram que os carros sem motorista sofrem e causam menos acidentes. Se o carro for um bem público, não haverá mais interesse no roubo e furto, por exemplo.
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Fonte: Revista Apólice
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